quinta-feira, 31 de março de 2016

                                                                                                                                   
                              

                                         A CRISE NO BRASIL

       Entre 1994 a 2014, mediante o sucesso do Plano Real, o Brasil viveu seus melhores momentos econômicos de toda a sua história. Foram vinte anos de grandes avanços na área social, ainda que a corrupção acompanhasse este período. E principalmente na última década, houve uma maior inclusão das classes menores aos meios sociais; mais comida na mesa, mais tecnologia e mais veículos nas mãos dos pequenos, mais acesso às faculdades, mais entretenimento para os pobres, uma melhora ainda que tímida na saúde; ou seja, os pobres aos poucos vinham construindo uma melhor qualidade de vida e acessando aos ambientes dos ricos. Mas os brasileiros já tinham conhecimento da corrupção existente nos governos e na própria sociedade ao longo de muitos anos. A Petrobrás desde que ela existiu e as grandes empreiteiras sempre foram fontes para financiamentos de campanhas eleitorais; e os governos sempre compartilharam o bolo com diversos partidos; o interessante é que, o congresso, a mídia, a OAB e a parte mais instruída da população, sempre souberam desta prática ilegal, inclusive, sempre foi de conhecimento do poder judiciário. E por que agora tanto espanto com a prática já tão conhecida no cenário político deste país? Quanta hipocrisia das instituições! É preciso dar um basta na corrupção! Mas é impossível com esse sistema capitalista, que explora e corrói a alma dos brasileiros. Os políticos perderam o senso da responsabilidade, colocando o interesse do poder acima do interesse do país. Diante de uma crise econômica onde deveriam discutir soluções, tornaram uma crise política com o objetivo de agravar a situação e enfraquecer a governabilidade. As instituições não se entendem e o que se pode entender é que há um conflito social, onde “os grandes não querem sentar junto com os pequenos”, e segundo o orgulho dos grandes, essa diferença tem que existir para os direitos de cidadãos; onde para os grandes, a lógica deveria estar “os pequenos submissos aos grandes e não a igualdade dos direitos sociais”. E o momento é muito grave. Pois o que se ver: é um governo enfraquecido, um estado falido e um povo sem memória...  E se as instituições não se entendem, o país se conflita, porque a sociedade está dividida; e em disputa o país não anda, depara diante de uma política mal estruturada sob o reflexo da cultura do povo. Um governo impotente e o pior congresso de todos os tempos. Será que a democracia falhou? Ditadura nunca mais!...  Na verdade há uma falência nas instituições, nas quais a corrupção e a arrogância são alimentos de todas elas; onde o governo perdeu a confiança, os partidos perderam a postura, o congresso perdeu a moral, a justiça perdeu o senso de ser, a mídia perdeu a vergonha e o povo está perdendo a esperança...
      O momento é muito grave, sim! O impeachment da presidente resolveria o problema ou se tornaria um processo de golpe agravando ainda mais a crise? No passado a história já mostrou semelhantes capítulos e quem conhece a História do Brasil poderá discernir melhor a situação: quais os seus personagens (patriotas e traidores) e quem estar a favor do povo.   
      O brasileiro precisa está atento com tudo que está acontecendo e procurar conhecer melhor os fatos, para saber o que e de que protestar; e conhecer melhor o histórico de seus políticos para saber votar melhor nas próximas eleições.
         
                                                        Crônica de Nanal Vilas Boas