sábado, 25 de abril de 2015


                                                   UTOPIA

Suave caminho às margens serenas
que a vida em si se faz bela.
Beleza que o poeta se inspira
e a criança inocente espera.

O moço poeta caminha otimista
busca no sonho o lirismo da paz.
A canção que perdura ainda faz
renascer com ternura os versos de amor.

Amor. Insuflado amor. É a voz da emoção!
Que translucida na alma a vanglória.
A glória esperada entre cantos
na utopia de tantos a solução.

“Os céus resplandecem louvores
e os pássaros cantam uma nova era.
Acabaram-se as guerras e as dores
e o vento oscila uma nova bandeira.”

Oh poeta! Tens tão nobre fantasia.
Ainda que seja noite há esperança...
E é tão belo o teu semblante sob a luz
que se prospera no horizonte da poesia.  

Fonte: do Livro “Sentimentos de Um Poeta”

                          Poema de Nanal Vilas Boas


 

sábado, 11 de abril de 2015




                                                         ESTRANHO

Abriu-se a porta de um castelo vazio
e um vento sonoro entrou rancoroso
oscilou as cortinas do medo
e se perdeu no outro lado – nas montanhas. 

Ecoou a solidão...
O relógio da parede esqueceu-se no tempo
e um canto sombrio
gemeu a noite – desiludida.
Ouviu-se um uivo nas montanhas
e um gato miou no telhado;
correu um ginete assustado
e um semblante do alto da janela
logo sumiu.

Um silêncio estranho.
Um vazio tenebroso.
Uma nuvem pairou sob a lua
e de repente o caminho escureceu.
Um aventureiro pulou a cerca
e logo desapareceu.

Ninguém percebeu.
Não havia gente lá fora
não havia gente lá dentro
não havia castelo
não havia montanha
não havia nada...
Estranho...

Fonte: do Livro publicado "Sentimentos de Um Poeta"

                                                                       Poema de Nanal Vilas Boas