ESTRANHO
Abriu-se a porta de um castelo vazio
e um vento sonoro entrou rancoroso
oscilou as cortinas do medo
e se perdeu no outro lado – nas montanhas.
Ecoou a solidão...
O relógio da parede esqueceu-se no tempo
e um canto sombrio
gemeu a noite – desiludida.
Ouviu-se um uivo nas montanhas
e um gato miou no telhado;
correu um ginete assustado
e um semblante do alto da janela
logo sumiu.
Um silêncio estranho.
Um vazio tenebroso.
Uma nuvem pairou sob a lua
e de repente o caminho escureceu.
Um aventureiro pulou a cerca
e logo desapareceu.
Ninguém percebeu.
Não havia gente lá fora
não havia gente lá dentro
não havia castelo
não havia montanha
não havia nada...
Estranho...
Fonte: do Livro publicado "Sentimentos de Um Poeta"
Poema de Nanal Vilas Boas
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