quinta-feira, 16 de julho de 2015





MORRE GHIGGIA, CARRASCO BRASILEIRO DA COPA DE 50
         
          16 de julho de 1950. Brasil e Uruguai. Copa do Mundo. O mundo inacreditável da bola, quando aos 34 minutos do segundo tempo, numa jogada surpresa, Ghiggia correndo pela direita, com pé direito chutou meio cruzado entre o primeiro pau e o goleiro Barbosa ... Duzentas mil pessoas no maracanaço se calam... Um silêncio total, um momento inexplicável, um imenso estádio sem voz, sem canto, com lágrimas... Ninguém acreditava no que via. O Maracanã se tornava um gigante mudo, absolutamente amorfo. Parecia que o mundo era apenas uma bola, uma bola murcha sem Deus para proteger do eco triste que se foi ao tempo...
         Exatamente 65 anos depois, morre Alcides Ghiggia. O algoz dos brasileiros na Copa de 50. O Carrasco do Maracanaço, que os deuses da celeste seleção uruguaia o consagraram. Morre Ghiggia! O silêncio do Maracanã naquele dia nebuloso o eternizou como herói. Herói de um gol que mudou a história que já estava prevista, assistida por milhares de olhares sem brilhos. Gol que atravessou gerações no tempo, para a memória dos que vivem e dos que morrem com o futebol na alma. Dizia Ghiggia: “Três pessoas silenciaram o maracanã: o Papa, Frank Sinatra e eu”. Talvez agora, exatamente 65 anos depois os brasileiros acreditam... Exatamente 65 anos depois (16/07/2015) morre Ghiggia. O Destino quis assim.

                                                                                     Crônica de Nanal Vilas Boas
                                           


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